terça-feira, 4 de janeiro de 2011

BLOG CRUZEIRO ONLINE (EM CARTA)

Caros internautas,

Venho aqui dizer a vocês da felicidade que nós, do CRUZEIRO ONLINE, estamos. Além de termos crescido muito, de trazer a vocês as notícias do Cruzeiro em primeira mão e também noticiarmos o que sai nas principais mídias do país, conquistamos um número muito bom. Em 2010, o BLOG CRUZEIRO ONLINE postou 2250 notícias, um número expressivo. Para nós, uma conquista particular. Mostra o tanto que estamos empenhados em ir atrás da notícia e dizê-las a vocês.

Para o CRUZEIRO ONLINE, a notícia vem primeiro e com qualidade.

Não deixe de nos prestigiar e de divulgar o nosso trabalho. Nossos maiores parceiros são vocês, internautas, que diariamente acessam, nos prestigiam e comentam o que postamos.

BLOG CRUZEIRO ONLINE, o blog do torcedor cruzeirense.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

domingo, 11 de julho de 2010

ENQUETE & HISTÓRIA

Reveja quais os Maiores craques de cada posição da história do Cruzeiro, e se informe mais a respeito de cada um deles.

Esquecemos alguem? Estamos abertos a opiniões, mande seu recado, fatos, história e nos ajude a enriquecer ainda mais a memória dos grandes ídolos do nosso clube do coração.
Clique nas posições para saber mais:

GOLEIROS


LATERAIS DIREITOS


LATERAIS ESQUERDOS

ZAGUEIROS

VOLANTES

MEIAS

ATACANTES

TÉCNICOS

TIMES HISTÓRICOS (EM BREVE)

SELEÇÃO INTERNAUTA E DO BLOG (EM BREVE)

Saudações celestes!!!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ídolos: Década de 20, 30, 40 e 50

Fonte: Máfia Azul

Abelardo (Flecha Azul)
Nos velhos tempos, ele era o jogador mais grã-fino do Brasil. Entrava em campo como se estivesse chegando a uma festa. E ainda jogava bem! Seu estilo logo o transformou num ídolo para os torcedores mais fanáticos. Era gostoso ver Abelardo em campo fazendo gols com seu físico franzino. Ágil , excelente cabeceador, ganhou o apelido de Flecha Azul.

Era admirador de Heleno de Freitas, de quem, dizem, havia assimilado o estilo. Por coincidência, Abelardo se transformava num Heleno de Freitas quando enfrentava o Atlético: com ele em campo, o Cruzeiro não perdia para o rival. Certa vez, depois de um Cruzeiro x Atlético no Estádio Presidente Antônio Carlos, Abelardo teve até de ser escondido pelos próprios jogadores atleticanos, porque a torcida inimiga queria linchá-lo.
Seu mestre e conselheiro foi Niginho, que parou de jogar quando teve certeza que sua camisa tinha um herdeiro à altura. Vendido ao Palmeiras em 1950, por 150 contos de réis, Abelardo logo conquistou o Parque Antártica. Foi emprestado ao Santos e voltou ao Cruzeiro, pelo qual encerrou sua carreira como campeão mineiro de 1959.



Bengala
Italo Fratezzi, o Bengala, quando chegou ao Palestra Itália em 1925, já dizia: Só saio daqui quando morrer. Começava, então, a carreira de um dos jogadores mais cheios de disposição e talento que já pisaram o campo do Barro Preto.
Objetivo e veloz, como convinha a um bom ponta-esquerda, Bengala logo se destacou no Palestra jogando com a camisa 11 ou com a 10, na meia - esquerda.

Com os reforços contratados pelo presidente Américo gasparini, o time se armou e Bengala tornou-se o grande ídolo da torcida. Campeão em 1928, acabou sendo um dos principais responsáveis pelo bi em 1929 e o tri, em 1930, quando foi, ao lado de Niginho, a grande estrela do tiem que ganhou o apelido de Academia do Barro Preto.

Em 1940, quando Bengala se tornou técnico, o Palestra conquistou o seu útlimo título com o velho nome. Bengala foi então treinar o Botafogo, em 1943, mas voltou a Belo Horizonte, onde treinou o Cruzeiro e a Seleção Mineira, abandonando definitivamente o futebol profissional.Mas continuou no Cruzeiro ajudando a construir o grande clube de hoje, até morrer, em 22 de junho de 1980.


Niginho
A família Fantoni deu ao Cruzeiro jogadores de indiscutível categoria, como Orlando, Nininho, Ninão, Fernando Benito e... Niginho. Todos eram cobras, mas igual a Niginho, nenhum.

Falar Leoníldo Fantoni em Belo Horizonte era a mesma ciosa que citar um nome qualquer. Ninguém saberia quem era. Mas, Niginho, ah... Os atleticanos, americanos, lacustres (do Guarany), villa - novenses, todos tremiam de medo. O centroavante Niginho era o terror de todas as defesas. Quando ele apareceu, jogando um futebol de gênio, o Cruzeiro foi tricampeão mineiro.

Ninão foi para a Itália, onde já estava Nininho , e pouco depois chamou Niginho para joga pela Lázio, de Roma - um timaço na época. Para desespero da torcida palestrina. Niginho, aos 20 anos, foi. O Cruzeiro perdeu o tetra e ficou longe das disputas do título. Enquanto jogou pela Lázio, Niginho foi ídolo - como era em Belo Horizonte. Mas recusou a convocação para lutar na guerra contra a Abissínia e voltou para o Brasil.

Recebido por uma delirante massa de torcedores, Niginho recolocou o Palestra em seu caminho de glórias. O time voltou a decidir títulos e recuperou o respeito dos adversários. Em 1943, 44 e 45, ganhou seu segundo tricampeonato, justamente quando o clube mudou o nome para Cruzeiro Esporte Clube.


Nininho


O jovem talentoso Ninho termina de jogar uma partida pelo Palestra Itália, no velho Estádio do Barro Preto. No portão de saída, um italiano o interpela, esforçando-se por se fazer entender. Sou representante de Bruno Mussolini, filho do Duce e presidente da Lazio, apresenta-se. Vocês gostariam de jogar na Itália?, indaga a Nininho e a seu primo, Ninão. Desse modo, direto e seco, a vida do lateral esquerdo Otávio Fantoni seria radicalmente transformada.

Poucas semanas depois, a notícia da transferência se espalha. No dia da despedida a estação Central do Brasil, em Belo Horizonte, é completamente tomada por seus torcedores. O adeus é comovente. Quem o vira jogar não mede elogios: Foi o melhor lateral-esquerdo do mundo, dizem, ainda hoje. Tanto defendia como atacava, e com a mesma habilidade.

Bastaram os primeiros jogos na Lazio para os italianos também atestarem: é um craque. Titular absoluto da equipe romana, Nininho passou a ser o grande Fantoni Secondo. em 1934, vestindo a Azzurra, alcançaria a glória de se tornar campeão mundial.

Mas pobre Nininho: nem tudo foram flores para ele. Sua mulher, Lucília não se adapta aos rigorosos invernos europeus e contrai uma grave doença. Aconselhada a voltar ao Brasil falece pouco tempo depois. O destino, porém, seria ainda mais duro com Nininho. voltando às atividades depois de uma contusão, faria seu derradeiro jogo num Lazio x Torino. Num lance casual com o o brasileiro Benedito, é atingido no rosto e cai sangrando pelo nariz. Medicado na pista, retorna a campo e permanece até o final.

Fazia muito frio naquele dia. Talvez por isso não quisese ser medicado ao final da partida. Ao chegar em casa, ardia em febre. Foi constatada uma infecção. É levado às pressas para uma clínica e a Lazio coloca em sua cabeceira os melhores médicos do país. Mas todos os esforços são inúteis. Uma grangena tomara-lhe o corpo. Toda a Itália se comove acompanhando pelo rádio e pelos jornais suas útlimas horas. No dia 9 de fevereiro de 1935, Nininho morre.

Roma estava envolta por um inverno rigorosíssimo. Embalsamado, o corpo de Nininho permanece exposto à visita pública na câmara-ardente. O governo italiano também presta sua homenagem ao grande craque do calcio voltando verba em benefício das pequenas órfãs Mirtes e Dirce Fantoni. O ditador Benito Mussolini comparece ao velório. O cortejo fúnebre pára todo o centro comercial de Roma e, sob o frio e a neve de fevereiro, o povo leva Nininho ao túmulo.


JOGADORES HISTÓRICOS
1920 – 1950
Orlando, Ninão, Fernando Benito

Ídolos: Década de 60 e 70

Dirceu Lopes
Foram muitos anos de espera, sem títulos nem ídolos, até que surgiu o sucessor de Abelardo, o Flecha Azul: Dirceu Lopes Mendes, o pequeno diabo que infernizou os adversários no Campeonato Juvenil do inicio da década de 60.

Ele começou a exibir seu futebol aos profissionais do Cruzeiro a partir de 1964 e se transformou logo no grande ídolo do time com seus dribles secos, sua velocidade e a maneira de comemorar os seguidos gols com um soco no ar, à moda Pelé.
Apesar de baixinho - Piazza só o chama assim, Baixinho -, nem os beques grandões conseguiam marcá-lo ou acertá-lo facilmente. Dirceu era rápido demais, pensava na frente de todos e executava as jogadas como um relâmpago. Pelé , grande admirador de seu futebol, foi quem pediu sua convocação para a Seleção Brasileira , aos 20 anos.
Dirceu formou com Tostão e Piazza o grande tripé da época mais gloriosa do Cruzeiro: os anos 60. Jamais houve um meio-campo tão eficiente como este do futebol mineiro, em qualquer época. Dirceu era o complemento perfeito para o gênio Tostão e a combatividade de Piazza. No time profissional, foi nove vezes campeão mineiro além de campeão da Taça Brasil (Campeonato Brasileiro).Titular absoluto de todas as seleções mineiras formadas a partir de 1964 os cronistas o elegeram doze vezes "melhor jogador do ano" , e a revista Placar leh deu três Bolas de Prata como melhor da posição no Campeonato Brasileiro.
Em 1975, sofreu uma grande contusão no calcanhar, rompendo o tendão de Aquiles, e ficou parado por treze meses. Aos 30 anos voltou a jogar e ganhou passe livre. Foi para o Fluminense e, depois, para o Uberlândia, e aí encerrou a carreira.Clubes : Vitória (BA); Cruzeiro (MG); Corinthians (SP).


Evaldo
Evaldo Cruz. Nasceu em Campos dos Goitacazes-RJ, em 1945. Começou sua carreira no infantil do Americano-RJ.Veio do Fluminense para o Cruzeiro, em março de 1966 para reforçar o time na campanha da Taça Brasil em que o Cruzeiro sagrou-se campeão invicto com Evaldo sendo o artilheiro com 7 gols.

Junto a Tostão, Dirceu Lopes, Hilton Oliveira e Piazza formou uma das maiores linhas de ataque da história do clube que se tornou famosa no Brasil inteiro na marchinha de carnaval composta pelo maestro Jadir Ambrósio que numa frase dizia: “...rápido e rasteiro como a linha do Cruzeiro!”

Ao todo fez 294 jogos com a camisa do Cruzeiro, entre 1966 e 1975 e marcou 111 gols. Como técnico começou sua carreira no Sport-JF, no início de 80. Também foi técnico do América e, após uma pausa para se dedicar aos negócios, voltou ao Cruzeiro, em 1994,para treinar os juvenis. Em 1996, foi técnico do Mamoré-MG, mas ainda vinculado ao Cruzeiro, no Campeonato Mineiro. Era técnico dos juniores do Atlético em 1997e comentarista de um programa de televisão.

Clubes : Americano-RJ (61); Fluminense (62 a 65); Cruzeiro (66 a 71); Esab (extinto), Marília-SP e Deportivo Itália, da Venezuela (77).

Títulos: Campeão Carioca (64) e Vice-Campeão Carioca (62), ambos pelo Fluminense; Campeão da Taça Brasil (66) e Tetra Campeão Mineiro de (66 a 69); Vice Campeão da Taça de Prata (69), todos pelo Cruzeiro.
Seleção Brasileira: Campeão Pan Americano de Juvenis em 1963.
Títulos como técnico: Campeão Mineiro de Juniores (97) e Taça Minas Gerais (98), ambos pelo Atlético.
Marcou 111 gols pelo Cruzeiro.


Jairzinho
O Furacão da Copa
Por Rodrigo Almeida, para GazetaEsportiva.net


Já estamos na 17ª Copa do Mundo e, até hoje, apenas um homem conseguiu marcar gols em todas as partidas de uma delas. Trata-se do brasileiro Jair Ventura Filho, o Jairzinho, que, com sete gols em seis jogos, ajudou o Brasil a conquistar o tricampeonato mundial em 1970.

Ao lado de craques que desfrutam, até os dias atuais, de maior reconhecimento, como Pelé, Rivelino, Gérson e Tostão, o camisa 7 brasileiro fez história ao marcar mais gols do que todos eles, e sair da Copa do Mundo com o apelido de "Furacão".

O matador é, também, um dos maiores craques da história de dois grandes clubes brasileiros: Botafogo e Cruzeiro.

Primeiros passos: No final da década de 50, a família Ventura trocou o município de Duque de Caxias pelo Rio de Janeiro. O endereço escolhido acabou influenciando no futuro de seu membro mais famoso. Morando na rua General Severiano, nada mais natural que o menino Jair começasse a freqüentar o Botafogo, que ficava ao lado de sua casa. Não demorou muito para que ele fizesse um teste nas categorias de base do Glorioso e começasse a defender as cores alvinegras.

O substituto: Em 1965, acabando de sair do juvenil, Jairzinho recebeu uma missão praticamente impossível: ser o substituto de Garrincha no Botafogo. No entanto, ao invés de tremer ou decepcionar, o garoto de 19 anos encheu os olhos dos torcedores. Com a mesma camisa 7 às costas, Jairzinho não mostrou o talento de Mané para os dribles desconcertantes, mas seus gols e suas arrancadas também deixaram seu nome na história do clube.

Se substituir Garrincha no Botafogo já não era tarefa para qualquer um, imagine então ser o substituto do craque na seleção brasileira. Pois foi exatamente o que aconteceu com Jairzinho, no mesmo ano em que estreara nos profissionais do Alvinegro. Mais uma vez, o faro para o gol não falhou e, em 1966, na Inglaterra, disputou sua primeira Copa do Mundo, aos 20 anos.

O Furacão: Mesmo após o fracasso brasileiro em 66, Jairzinho permaneceu com seu status inabalado. Na volta para o Botafogo, já usando a camisa 10, o craque levou o Glorioso ao bicampeonato estadual em 67 e 68. Em 1970, veio a consagração. O ponta direita foi um dos principais jogadores da melhor seleção brasileira na história das copas, e deixou o México com o apelido de Furacão, devido às suas arrancadas e chutes fulminantes. Além de Jairzinho, nunca, em todos os Mundiais, outro jogador conseguiu marcar gols em todas as partidas da competição.

Logo na estréia, contra a Tchecoslováquia, Jairzinho mostrou seu poder de fogo e balançou as redes duas vezes. Nos outros cinco jogos, Inglaterra, Romênia, Peru, Uruguai e Itália também foram alvos do Furacão, que marcou sete vezes na competição. A Taça do Mundo era nossa e o planeta inteiro reconhecia o futebol do craque.

A mudança de casa: Quatro anos após o Mundial do México, Jairzinho fez parte da seleção brasileira que ficou em quarto lugar na Copa da Alemanha e, logo em seguida, deixou o Botafogo. Depois de mais de dez anos defendendo as cores alvinegras, e sendo um dos maiores salários do futebol brasileiro na época, o Furacão trocou General Sevariano pela Europa, e foi jogar no Olympique de Marselha, da França, ao lado do também brasileiro Paulo César Caju, ex-companheiro de seleção e Botafogo.

A troca acabou não se tornando um bom negócio para Jairzinho e o craque disputou apenas uma temporada pelo time francês. Acusado de agredir um bandeirinha, o Furacão decidiu deixar o Olympique e retornar ao Brasil. A última conquista: Aos 31 anos e com o passe livre nas mãos, o craque assinou contrato com o Cruzeiro. Defendendo a Raposa, Jairzinho foi, mais uma vez, incomparável. Na época, ele já era um veterano, mas continuava dando trabalho aos zagueiros. Em 1976, o craque foi um dos principais nomes no título mais importante da história do time mineiro: a Taça Libertadores da América. Esta seria a última grande conquista do Furacão.


Joãozinho
Os franceses foram os primeiros a aplaudir de pé as diabruras daquele garoto que vestia a camisa 11 da Seleção Amadora do Brasil. Era Joãozinho, dono de uma habilidade incomum para conduzir a bola colocada ao pé direito, rente à grama, pronto para iludir o marcador com uma ginga de corpo e um drible inesperado.

Foi assim que ele apareceu no Mineirão em 1973, sucedendo a tantos pontas que marcaram época na equipe - Hílton Oliveira, Rodrigues e Lima. Ainda inexperiente, João Soares de Almeida Filho, mineiro de Belo Horizonte, ex-mecânico de automóveis, demorou a se firmar entre os profissionais. Mas, quando realizou uma sequência de jogos no time titular, nunca mais saiu; entrou para a galeria dos jogadores mais geniais que vestiram a camisa azul.

Suas atuações no Campeonato Brasileiro de 1975 levaram ao Cruzeiro à final. Em 1976, sua participação na campanha da Taça Libertadores da América foi antológica. Começou com um show de bola sobre o Internacional, no memorável jogo dos 5x4, no Mineirão. Em Lima, Peru jogou seu marcador ao chão três vezes numa mesma jogada - sem encostar nele, nem na bola. O público, admirado e incrédulo, só teve uma reação: levantou-se, jogou lenços e chapéus para o alto e aplaudiu Joãozinho. Na decisão da Taça, contra o River Plate, em Santiago do Chile, fez o gol da vitória num lance em que confirmou seu apelido - o Muleque da Toca: Nelinho preparava-se para bater uma falta, aos 42 minutos do segundo tempo, com o jogo 2x2 e, enquanto a barreira era formada, Joãozinho veio de trás e colocou a bola no canto: 3x2. Os argentinos, sem reação, só olharam para a camisa 11, correndo longe, socando o a ar , comemorando o gol do título.

Em 1981, sofreu uma grande fratura dupla exposta na perna direita, que o afastou dos campos por quase um ano. Demorou a se recuperar, esteve seis meses no Internacional de Porto Alegre e mais tarde voltou, para encantar a torcida celeste por mais um bom tempo.


Natal
Natal comecóu a carreira jogando pelo Itaú, da Cidade Idustrial, em Contagem. Quando tinha 13 anos, enfrentou o Cruzeiro em um festival de escolinhas. Para variar, ele acabou com o jogo: " Joguei muito naquele dia e fui convidado pelo Orlando Vassali para treinar no Barro Preto ".

Natal foi um jogador diferente,por seu genio brincalhão e descontraído.Em campo parecia transportar essa característica quando corria carregando a bola para a linha de fundo:os beques tentavam segurá-lo mas ele se livrava deles com facilidade,como se fosse uma brincadeira.

Jogador decisivo, ganhador, foi a sensação da Seleção Brasileira em 1968 e só não foi à Copa por causa de uma grave contusão na perna direita.Natal ganhou de Piorra na disputa pela camisa 7 por sua importância para o conjunto do Cruzeiro.

Natal garante que,quando o time da década de 1960 foi formado, eles não tinham noção de que estavam entrando para a história do Cruzeiro: "Nunca nos preocupamos muito com títulos.

Lembro que o Felício Brandi disse que, no início, não estava muito preocupado com resultados, mas de cara fomos campeões mineiros".

Jogar no início do Mineirão é uma recordação especial: "o campo era novo, a torcida comparecia em massa. O público mínimo era de 35 mil a 40 mil pessoas e nós dificilmente perdíamos".

Os grandes clássicos contra o Atlético também são lembrados pelo craque: "Até hoje, o pessoal ainda pergunta porque eu jogava tanto contra o Atlético , mas contra o Galo a vitória tinha um gosto especial. Na minha família há atleticanos e cruzeirenses.Minha mãe, por exemplo, é atleticana e meu pai, cruzeirense. Na semana de clássico, o clima sempre era muito bom. Mas, graças a Deus, sempre marquei gols no Galo".

Os duelos com o lateral atleticano Cincunnegui também têm um lugar especial na vida de Natal: "Antes, quem me marcava era o Warley. Ele tinha muita habilidade, mas era lento e eu fazia a festa. Aí, contrataram o Cincunnegui numa quarta feira para uma decisão de título no domingo. Durante 85 minutos não peguei na bola, pois ele me dava socos e pontapés. Mas, quando ele se descuidou, enfiei uma bola por baixo de suas pernas e toquei para trás para o Tostão marcar. a partir daí travamos grandes duelos".


Nelinho
Manoel de Mattos Cabral. Lateral direito e Técnico. Nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1950. Veio do Clube do Remo do Pará para o Cruzeiro. Jovem e ainda com saudades de sua cidade teve o apoio de Roberto Batata no Cruzeiro. Nelinho morava no Hotel Ipê e todas as noites saía com Batata.Quando mudou-se para o Hotel Esplanada passou a receber caronas para o treino do Ponta-Direita.

Batata era como um irmão para Nelinho. Mas era no campo mesmo que ambos se entendiam. Uma jogada entre ambos ajudou o clube a estraçalhar os adversários e conquistar o tetra campeonato mineiro de 72 a 75. Nelinho lançava Batata pela direita, que saía em diagonal nas costas do lateral, e ficava em frente ao zagueiro.Aí,era só passar pelo adversário e estar na cara do gol ou cruzar para area.

Para um jogador de defesa, Nelinho foi seguramente o mais eficiente e moderno lateral direito do futebol brasileiro em todos os tempos.Se era ótimo em sua missão de marcar,era perfeito e rápido para sair da defesa para o ataque,em combinações táticas com os companheiros,até surgir próximo à grande área para despachar seus "canhões"contra o gol adversário ou para efetuar cruzamentos perfeitos.

Clubes: Começou no Juvenil do Bonsucesso-RJ. Jogou ainda no América-RJ, Setubal(Portugal), Anzoategui(Venezuela) e Clube do Remo, do Pará, veio para o Cruzeiro.

Títulos: Campeão mineiro pelo Cruzeiro em 73/74/75 e 77;campeão da taça Minas Gerais pelo Cruzeiro em 73/75/79;vice-campeão brasileiro pelo Cruzeiro em 74 e 75;campeão da copa Libertadores da América em 76;vice-campeão mundial interclubes em 76 e vice-campeão da libertadores em 77.

Prêmios: Bola de Prata da Revista Placar em 1975, 1980.Seleção Brasileira: disputou as Copas do Mundo de 1974 e 1978
Marcou 103 Gols pelo Cruzeiro.


Palhinha
Vanderley Eustáquio Oliveira. Atacante e Técnico. Nasceu em Belo Horizonte, em 11 de junho de 1950. Começou sua carreira no Barreiro, aos 10 anos. Foi descoberto pelo treinador, Lincoln Alves, do futebol de salão do Cruzeiro, aos 14 anos, onde passou a jogar como ala esquerdo. No ano seguinte, foi jogar no juvenil de campo e aos 18 anos, estreou nos profissionais. Achava complicado disputar posição com fenômenos do futebol como Dirceu Lopes, Tostão e Evaldo. Foi, na época, um reserva de luxo, um tapa-buraco do time.

Após a venda de Tostão para o Vasco, em 1972, passou a ser o titular do time. Conciliava a velocidade com ainteligência. Era um artilheiro, que a base de valentia, furava as defesas adversárias.

Destacou-se na campanha do título da Taça Libertadores de 1976, quando marcou 13 gols tornando-se até hoje o maior artilheiro brasileiro em uma só Libertadores.

Em 1977, foi vendido ao Corinthians por 1 milhão de dólares na maior transação do futebol brasileiro naépoca. Quando encerrou a carreira de jogador de futebol em 1985, numa rápida passagem pelo América, passou a ser técnico do time e iniciar esta nova carreira. Como técnico do Cruzeiro dirigiu o time em 20 jogos, em 1994.


Clubes: Cruzeiro (65 a 77 e 83/84); Corinthians (77 a 79); Atlético (80); Santos (81); Vasco (82);América (85)Títulos no Fut. de Salão: Campeão da Cidade Infantil de Fut Sal 65, pelo Cruzeiro, quandomarcou 10 gols em 10 jogos
Títulos no Cruzeiro: Libertadores 76; Mineiro em 68, 69, 72, 73, 74, 75, 84; Mineiro de Aspirantes 67; Mineiro Juvenil de 66/67Títulos em outros clubes: Paulista 77, 79 (Corinthians); Mineiro 80 (Atlético); Carioca 82 (Vasco)Prêmios: Bola de Prata da Revista Placar em 1975. Técnico: América (85); Atlético (87); Rio Branco-MG (88).


Pedro Paulo
Determinado, valente, raçudo, incasável. Assim era Pedro Paulo, integrante da estupenda máquina de futebol estrelada que encantou o Brasil nos anos 60 e acabou provocando até mesmo uma reestruturação no futebol brasileiro em razão da conquista pelo Cruzeiroda Taça Brasil de 66 e do surgimento do Mineirão. Sempre simpático e solícito, Pedro Paulo jogou 11 anos no Cruzeiro, tempo em que conquistou uma coleção de títulos e se consagrou como o melhorde sua posiçãono futebol Mineiro, naquela época.

Uma comprovação de suas qualidades, marcador implacável e jogador que exibia excepcional vigor físico, está nos números de sua carreira, pois além de títulos, ele contabilizou 387 partidas como titular do Cruzeiro.

A carreira de Pedro Paulo no Cruzeiro começouem 1963 no juvenil estrelado, naquele mesmo ano jogou Pedro disputou seu primeiro jogo como titular, tinha 17 anos.

As glórias vieram no início de 1964, quando Pedro Paulo integrava o brilhante juvenil do Cruzeiro, campeão Mineiro invicto. Uma equipe que possuia também dois futuros craques : Natal e Dirceu Lopes.O diretor de futebol juvenil de 1964, Edvaldo Rocha, revela como Pedro Paulo mudou de posição: "Quando o Pedro Paulo subiu para o profissional, o Marão o deslocou para a lateral direita. Confesso que fique meio temeroso, mas deu tudo certo e ele brilhou".Pedro Paulo foi mais um craque do passado recente do Cruzeiro que ajudou o clube a se transformar numa potência do futebol Brasileiro.


Piazza
Poucos jogadores do Cruzeiro foram tão discutidos - e tão eficientes - como Wílson Piazza. Contratado em 1963 para armar o grande time que estava sendo preparado para conquistar o Mineirão depois de sua inauguração, ele talvez tenha sido a escolha mais feliz do ex-presidente Felício Brandi. Piazza entrou como uma luva no time. Lutador e dono de uma incrível visão de jogo, ele sempre se sacrificava para que o Cruzeiro alcançasse uma vitória importante. "Levo uma bola por baixo das pernas, se isso servir para um companheiro ganhar a jogada mais atrás, explicava ele.

Humilde , Piazza nunca se preocupou em ser o melhor em campo - e quase sempre era, pelo menos para o técnico e os jogadores. Não fazia jogada de efeito, mas estava sempre onde a bola ia cair. Tentar dribá-lo era um fracasso garantido para os atacantes.

Sua importância foi tão grande como a de Tostão para a conquista da Taça Brasil e o pentacampeonato mineiro. E mais ainda para ganhar a Taça Libertadores da América, em 1976, quando o Cruzeiro já não tinha Tostão.

Parou de jogar em 1979 por causa de uma sinfisite púbica, mas até hoje a torcida lembra dele como o maior volante que vestiu a camisa azul em todos os tempos.


Procópio Cardoso
Revelação do Renascença, Procópio foi contratado em 1959. Em sua primeira passagem formou a zaga com Nilsinho, Massinha e Cléver nas conquistas dos Estaduais de 1959 e 1960.

Foi para o São Paulo em 1961, mas voltou ao clube em 1966, durante a disputa da Taça Brasil, quando fez dupla com William na conquista do título nacional.

Num jogo contra o Santos, pela Taça de Prata de 1968, foi atingido por Pelé e rompeu o tendão do joelho. A contusão aconteceu na melhor fase da carreira, quando aguardava a convocação para a Seleção. Depois, afastou-se dos campos por cinco anos, período em que foi supervisor e técnico do juvenil do clube.

Em 1973 Procópio retornou ao futebol. Com técnica e espírito de liderança, contribuiu para levar o jovem time do Cruzeiro às finais do Brasileiro de 1973 e 1974. É tido como o melhor beque da história azul.

Nome: Procópio Cardoso Neto
Nascimento: 21/03/1939
Local: Salinas - MG

Quando Jogou: 1959 - 1961 e 1966 - 1973 e 1974.
Títulos: Taça Brasil em 1966; Campeonato Mineiro em 1959, 1960, 1967, 1968 e 1973.


Raul
Ele chegou a Belo Horizonte como um desconhecido qualquer. Nos primeiros meses, foi reserva de Tonho - um veterano. Quando entrou, não saiu mais. Certa vez, sem camisa de goleiro para vestir, pegou emprestado um blusão amarelo do lateral Neco e entrou com ele em campo, para espanto de todos. Mas fez sucesso e, desde então, acabou a monotonia das camisas cinza, pretas ou brancas.

Depois disso, batou mostrar sua competência. Rapidamente, Raul tornou-se o maior ídolo do público feminino no Brasil. As mulheres passaram a ir ao Mineirão, coisa que nunca tinham feito antes, enquanto os homens deliravam com suas defesas sensacionais.


Raul Guilherme Plassman foi com certeza o ídolo que mais tempo viveu nos corações cruzeirenses. Promoveu transformações na rotina do futebol por sua sinceridade nas entrevistas. apontando falhas e erros do time ou até mesmo confessando: "Detesto futebol".

Não parecia. Raul era dedicado e bom profissional. E por sua causa as torcidas organizadas acrescentram, ao azul e branco da bandeira, o amarelo de sua camisa. Até hoje as cores do Cruzeiro são essas três. Raul chgou à Seleção Brasileira e foi o jogador que mais títulos importantes, conquistou no futebol mineiro: dez vezes campeão estadual, campeão sul - americano, e várias vezes vice-campeão brasileiro. Em 1978, foi vendido ao Flamengo e acrescentou a sua coleção os títulos de bicampeão brasileiro, bicampeão sul - americano e campeão do mundo.
Apesar de suas qualidades, Raul nunca disputou uma Copa do Mundo - a grande frustação, que confessou em sua despedida, a 21 de dezembro de 1983, no Maracanã. Nesse dia, aos 38 anos, vestiu pela última vez a camisa amarela. Depois tirou a do corpo e a devolveu ao mesmo Neco.


Roberto Batata
Roberto Monteiro. Ponta direita. Nasceu a 24 de julho de 1949. Começou sua carreira jogando no time amador do Banco Real (Bancoda Lavoura), de onde se transferiu para as categorias de base do Cruzeiro. Em 1971,o ponta Natal era vendido ao Corinthians, e Batata, apelido dado pelo ex-treinador,João Crispim, por gostar de batata frita, ocupou posição. Teve uma carreira curta jogando de 71 a 76, marcando 109 gols em 281 partidas pelo Cruzeiro. Sua estréia aconteceu em Montevidéu, num amistoso contra o Peñarol, em 20 de janeiro de 1971. O Cruzeiro perdeu o jogopor 1 a 0, mas ganhou um novo fenômeno na ponta direita. Jogador rápido e objetivo, driblava com facilidade e chutava forte a gol. Além disso, caracterizava-se pela boa impulsão.

Em maio de 1976, o Cruzeiro começava sua arrancada rumo a conquista da Taça Libertadores. Havia vencido o internacional, Olimpia e Cerro Portenho. Na 2a fase, estreava com uma goleada de 4 a 0, frente aoAlianza, em Lima, no Peru. Batata foi escolhido pela imprensa peruana como o melhor em campo, juntamente com Nelinho, e por isso, após o jogo, foi convidado por torcedores para conhecer a cidade. Segundo o lateral Nelinho, que o considerava seu melhor amigo, por causa do passeio ambos chegaram atrasados ao aeroporto e levaram uma bronca do técnico, Zezé Moreira. Mas, não houve tempo, para mais nenhuma homenagem de torcedores a suas belas apresentações.

No dia 13 de maio de 1976, dois dias após o jogo em Lima, Roberto faleceu num acidente de automóvel, no Km 182, da rodovia Fernão Dias. O jogador ia visitar sua esposa, Denize, e o seu filho, Leonardo, então com 11 meses, em Três Corações, quando envolveu-se em um acidente com o seu Chevette. Sua morte comoveu o país e na partida de volta contra o mesmo Alianza, no Mineirão, o Cruzeiro, venceu por 7 a 1. Exatamente, o numero de sua camisa. Depois da dramática final de 1976, quando numa “molecagem” de Joãozinho, o Cruzeiro arrebatou o título, os jogadores rezaram em campo e dedicaram o título ao ex-companheiro.

Clubes: Cruzeiro
Títulos: Mineiro de Juvenis de 1968; Mineiro 72/73/74/75; Libertadores 76.Marcou 110 Gols pelo Cruzeiro.


Tostão
Há um menino no Conjunto Habitacional do IAPI que joga entre os homens e arrebenta, disseram a Lincoln Alves, que há mais de trinta anos trabalha como descobridor de talentos para o Cruzeiro.

Ele foi lá para ver. E ficou deslumbrado: o garotinho era mesmo cobra. Ao se dirigir à casa dele e pedir autorização ao api do garoto para levá-lo ao Cruzeiro, Lincoln indicava para a glória um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos: Eduardo Gonçalves de Andrade, tão miudinho que recebera do pessoal do IAPI o apelido de Tostão.

Depois de uma rápida passagem pelo América mineiro, o clube para o qual seu pai torcia, ele voltou para o Cruzeiro e direto para o futebol profissional. Quando o Mineirão foi inaugurado, dia 5 de setembro de 1965, já era o comandante da equipe que acabou deslumbrando o Brasil com seu futebol revolucionário. No ano seguinte, ele estava em Liverpool disputando a Copa da Inglaterra ao lado de Pelé e Garrincha - mas foi meses depois que se consagrou definitivamente ao conquistar com Dirceu Lopes, Raul & Cia. a VII Taça Brasil (Campeonato Brasileiro), derrotando na finalíssima (por 6x2 e 3x2) o Santos de Pelé , Gilmar e Zito.

Na Seleção, Tostão firmou-se como titular absoluto ao lado do Rei a partir de 1968. Culto, inteligente, profissional exemplar, amante da vida em família, timido e estudioso, tinha também um forte carisma. Com opiniões e posições políticas sempre sensatas - e absolutamente a favor da liberdade e da democracia - foi, em campo, o principal jogador na conquista do pentacampeonato mineiro, título que o Cruzeiro sempre perseguira.

Mais em seguida começou a viver o drama que abalou sua vida profissional e particular. Nos preparativos para a Copa do Mundo de 1970, levou uma bolada no olho esquerdo durante um amistoso contra a equipe do Millonarios de Bogotá, na Colômbia. A retina descolou-se. Examinado meses depois, teve de ser operado nos Estados Unidos. Zagalo, o técnico que substituiu João Saldanha, e o médico Lídio de Toledo não acreditavam que ele pudesse voltar a jogar. Mas seu oftalmologista garantiu que poderia e, em 1970, Tostão comandou o ataque do Brasil que deslumbrou o mundo no México.

Seu futebol fino, de toques geniais, passes perfeitos, e uma colocação em campo que desorientava qualquer macardor, tornou-o um dos maiores jogadores do mundo, exaltado por celebridades como Philip Rising ( da revista World Soccer), Pedro Escartin, Puskas, Stanley Mathews, Di Stefano etc. Foi personagem de um filme - Tostão, a Moeda de Ouro - e assunto de livros na Inglaterra, Japão, França, Espanha, México, Alemanha e Itália.

Em 1972, ele começou a se desligar do Cruzeiro, após uma excursão pelo mundo. Recusou-se a jogar sob as ordens do truculento técnico Iustrich, recém - contratado, e acabou sendo vendido ao Vasco da Gama por inacerditáveis 2,5 milhões de cruzeiros - um recorde na época.Um ano mais tarde, o drama de Tostão voltou a se agravar.

Seu olho esquerdo não estava bem e, ao ser examinado novamente nos Estados Unidos, recebeu a recomendação de parar de jogar futebol, pois corria o risco de ficar cego. E, aos 27 anos, ele abandonou os campos que tanto amava.


Zé Carlos
Um autêntico cruzeirense
Por Luiz Ricardo Fini, especial para a GE Net

Apontado como o "carregador de piano" do Cruzeiro por mais de uma década, José Carlos Bernardo, o Zé Carlos, fez parte de duas gerações vitoriosas do time celeste. Entre os anos de 1965 e 1977, o volante entrou em campo ao lado de craques como Dirceu Lopes, Tostão, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho, mas não teve seus méritos ofuscados e conseguiu colocar seu nome na galeria de ídolos da torcida celeste.

Zé Carlos defendeu o Cruzeiro em 628 jogos, sendo até hoje o atleta que mais vestiu a camisa da Raposa. Apesar de ser um volante, o jogador primava pela técnica e não escondia sua admiração pelo meia Ademir da Guia.


"Eu me preocupava com a técnica porque é o que tem de prevalecer em qualquer jogador de meio-campo. Se eu errasse mais de três passes em um jogo, voltava para casa com raiva de mim mesmo, até se ganhasse prêmios e fosse elogiado por colegas", comenta Zé Carlos.
No Cruzeiro, o jogador formou ao lado de Dirceu Lopes, Tostão e Piazza o "quadrado mágico", meio-campo responsável pela conquista de muitos títulos do clube mineiro na década de 60. A genialidade do quarteto era explicada pelo então técnico da equipe, Aírton Moreira, como o resultado da "juventude e entusiasmo de meninos que querem mostrar seu futebol ao Brasil".

Em 1966, Zé Carlos fazia parte do grupo que surpreendeu o país ao vencer de forma incontestável o Santos de Pelé na final da Taça Brasil. O título mais importante de sua carreira, no entanto, foi conquistado bem mais tarde, em 30 de julho de 1976, quando participou da vitória por 3 a 2 sobre o River Plate na final da Copa Libertadores da América, no estádio Nacional, em Santiago (Chile).

Também merecem destaque no currículo do ex-volante os dez títulos mineiros que conquistou (65, 66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 75 e 77) com a camisa do Cruzeiro.

Nascido no dia 28 de abril de 1945, em Juiz de Fora (MG), Zé Carlos assinou seu primeiro contrato profissional em 1962, em um clube de sua cidade natal. Em 1977, aos 32 anos, ele já era considerado um veterano no Cruzeiro e, assim, foi negociado com o Guarani. A transferência fez bem ao jogador, que foi um dos destaques do time de Campinas na conquista do Campeonato Brasileiro de 1978. Além do Bugre, Zé Carlos também atuou no Botafogo, Bahia e Uberaba, entre outros clubes.

Em 1983, quando estava no Nova Lima (MG), o volante decidiu parar de jogar futebol para seguir a carreira de técnico.

Assinou contrato para treinar o Guarani em janeiro de 1984, mas ficou só até junho, quando foi substituído por Carlos Alberto Silva. Logo depois, Zé Carlos teve uma experiência diferente ao ir para o Mogi Mirim para ser jogador e técnico da equipe.

"Foi horrível. Em um jogo, estávamos perdendo por 2 a 0 e resolvi reunir o time no meio-campo na hora do intervalo. Falei que precisaria tirar todo mundo se quisesse ganhar. Assim, comecei tirando eu mesmo do time. Não dava para ver o jogo de dentro de campo", recorda Zé Carlos, que ficou seis meses no Mogi.
Antes de encerrar sua carreira de técnico, em 1996, ele também comandou clubes como Botafogo, Avaí e Criciúma, além dos árabes El Rahed e Jabalen. "A experiência de ser treinador foi boa, mas preferi parar porque não gostava de fazer lobby", afirmou o ex-volante.

Desde janeiro de 2004, Zé Carlos é diretor do clube da cidade de Sarzedo (MG) e assessor da Secretaria dos Esportes de Belo Horizonte.


JOGADORES HISTÓRICOS

1960- 1970
Fontana (Zagueiro), Perfumo - ARG (Zagueiro), Revétria – PAR (Atacante), Eduardo “Rabo de vaca” (Meia).

Ídolos: Década de 80 e 90

Ademir
O ex-volante Ademir, faz parte da história do Cruzeiro. Jogador do clube por quase 10 anos, ele participou da conquista da Supercopa em 1991, da Copa Master e Copa Ouro em 1995 e do Campeonato Mineiro em 1987/90/94.Natural de Toledo, no Paraná, Ademir começou sua carreira jogando no Toledo.
Aos 17 anos, foi promovido para os profissionais e, dois anos depois, foi comprado pelo Internacional, de Porto Alegre . Na equipe gaúcha, Ademir viveu o primeiro grande momento de sua carreira, pois, além do tetracam- peonato gaúcho de 1981/84, conquistou, pela seleção Brasileira a medalha de Prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984.
Em Março de 1986, Ademir foi negociadocom o Santo André, mas o volante não ficou no clube paulista muito tempo, pois, em setembro do mesmo ano, a pedido to técnico Carlos Alberto Silva, ele foi contratado pelo Cruzeiro.

Com pouco tempo na Toca, Ademir já tinha conquistado a admiração e o respeito de toda a gente Cruzeirense, não só pela aplicação dentro de campo comotambém pela conduta fora das quatro linhas. Em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul Ademir conquistou sua segunda medalha de Prata pela Seleção.Em 1992, o craque foi vendido ao Racing, da Argentina. Mas foi por pouco tempo, pois, no início de 1993, ele voltou à Toca da Raposa ainda a tempo de ajudar a equipe a conquistar sua primeira Copa do Brasil.


Dida

No início de 1994 chegou à Toca da Raposa um garoto alto, que no ano anterior havia impressionado o País inteiro com defesas sensacionais no Mundial de Juniores, conquistado pela seleção Brasileira, e na decisão do Campeonato Brasileiro, entre seu Vitória e o Palmeiras.

Com um jeito tímido e de poucas palavras, o garoto foi conquistando a confiança da torcida, que, há muito, desde os tempos de Raul, nào tinha um goleiro como ídolo. Os 19 anos pareciam multiplicados quando ele esbanjava experiência defendendo o gol do Cruzeiro.

Não demorou muito e passou a fazer parte da rotina da torcida Cruzeirense de, antes dos jogos, cantar com o maior orgulho do mundo: "Olé olé olá, Dida, Dida...". Dida começou jogando em clubes de Arapiraca, interior de Alagoas, onde passou grande parte de sua infância. Primeiro fez um teste no Bahia, mas não foi aprovado. Voltou para casa e passou a jogar no Cruzeiro de Arapiraca. Depois foi levado por alguns conhecidos para o Vitória, quando tinha 17 anos, em 1992. Dida considera que a tranquilidade é sua maior característica, sempre fica concentrado no jogo e, quando toma gols, não entra em pânico, pois é muito importante que o goleiro transmita segurança à sua defesa, principalmente nos momentos mais difíceis de uma partida.

Títulos : Copa do Brasil (96);Campeonato Mineiro (94/96/97/98);Copa Master (95);Copa Ouro (95);Campeonato Baiano (92);Campenato Mundial de Juniores (93);torneio Pré Olimpico (96/2000); Campeonato Brasileiro (99 pelo Corinthians); Campeão Mundial Interclubes (2000 pelo Corinthians)Clubes : Vitória (BA); Cruzeiro (MG); Corinthians (SP).Seleção : Jogou pela Seleção Brasileira em (96/97/98/99/2000)


Douglas

O grande ídolo da década de 80.

Criado na base, Douglas foi promovido aos profissionais ainda jovem. Tinha como principal característica o posicionamento, o bom passe e a garra.

Tornou-se ídolo da torcida num período de poucas glórias para o clube: a década de 80. Saiu em 1988, indo jogar na Portuguesa como ponte para o Sporting, de Portugal.

Retomou em 1992 para fazer parte da equipe que ficou conhecida como "Dream Team" e conquistou a Supercopa. Num fato inédito foi alvo de um movimento dos próprios atletas, que exigiram da diretoria a renovação do seu contrato.

Fica evidente a importância de Douglas não apenas para a massa torcedora, mas para a própria história do Cruzeiro.

Nome: William Douglas Humia Menezes
Nascimento: 17/03/1963
Local: Belo Horizonte - MG
Posição: Volante
Quando jogou: 8 anos (81-87 e 92-94)
Títulos: Supercopa em 1992, Copa do Brasil em 1993, Campeonato Mineiro de 1984, 1987, 1992 e 1994.


Marcelo Ramos (Flecha Azul)

Marcelo Silva Ramos, centroavante, nasceu em Salvador no dia 25 de junho de 1973. Iniciou sua carreira no Bahia, de onde veio para o Cruzeiro em 1995 com a missão de substituir o craque Ronaldinho.
Em sua primeira fase no Cruzeiro destacou-se pelos gols decisivos e acabou também sendo vendido ao PSV, outra vez para substituir Ronaldinho.Não se adaptou ao futebol holandês e retornou ao Cruzeiro em 1997, quando o clube disputava as quartas de final da Libertadores e o play-off do Mineiro. Solucionou o problema da escassez de gols do ataque e decidiu algumas partidas, sagrando-se campeão em ambas competições. No ano passado, marcou seu centésimo gol com a camisa do Cruzeiro.

Alguns de seus gols entraram para a história do clube, como os dois que marcou na final da Copa do Brasil em 1996 contra o Palmeiras, o gol de penalti que decidiu a Copa Master em 1995 e o gol do título mineiro de 1997 na final histórica contra o Vila Nova.Com a marca de 120 gols, Marcelo é o único jogador em atividade que pode ultrapassar a marca de Tostão que é o maior artilheiro da história do clube

Clubes :Bahia (91/95), Cruzeiro (95 a 99), PSV (96/97), Palmeiras(99/2000), São Paulo (2000).
Títulos : Campeão Libertadores 97, da Copa Ouro em 95, Copa Master em 95, Copa do Brasil 96, tricampeão Mineiro 96/97/98, campeão da Copa dos Campeões de Minas 99 e da Copa Centro-Oeste, campeão Baiano 91/93/94 e campeão Holandês 97.
Seleção : Convocado em 1995.
Artilharia : Já marcou 120 gols pelo Cruzeiro.
Foi artilheiro do Campeonato Estadual em 96 com 23 gols.


Nonato
O lateral esquerdo Nonato faz parte da história do Cruzeiro. Titular do time por 7 anos, este potiguar de Mossoró tem em seu currículo nada menos que 13 títulos com a camisa do Cruzeiro, entre conquistas regionais, nacionais e internacionais. Em todas as finais, a honra de levantar a taça é dele, capitão do time.
Dono de uma personalidade forte, Nonato garante que o segredo do seu sucesso na Toca da Raposa foi a superação de problemas nos momentos em que o time mais precisava dele. Começou como amador, no Baraúnas, de Mossoró. Ficou lá até 88, quando foi emprestado ao ABC, de Natal. Em fevereiro de89, o ABC comprou o seu passe. Em 90, foi emprestado ao Pouso Alegre e disputou o Campeonato Mineiro dedaquele ano. No segundo semestre, o Pouso Alegre comprou o seu passe e emprestou ao Cruzeiro para a disputa do Campeonato Brasileiro. No dia 10 de Janeiro de 91, o Cruzeiro comprou o seu passe ao Pouso Alegre.

Quando chegou o time já tinha dois laterais, o Eduardo, ex-Fluminense, e o Paulo César, ex-Grêmio. Mas conseguiu mostrar um bom futebol e logo conquistou a condição de titular. Para Nonato o mais importante nesta sua longa permanência no Cruzeiro foi a sua regularidade nas partidas. Nunca foi um jogador que vai a mil e depois cai para cem. Na hora das decisões, nunca se acovardou. Muito pelo contrário, se superou e lutou o tempo todo.

Títulos: Supercopa (91/92);Copa do Brasil (93/96);Campeonato Mineiro(92/94/96/97);Copa Ouro (95); Copa Master(95); Copa do Imperador (96); Torneio dos Campeões Mineiros (91); Torneio Governador Eduardo Azeredo (95)


Ricardinho (Mosquitinho Azul)
Com 1,70m de altura, corpo franzino, peso médio na casa dos 60Kg, o craque Ricardinho vem provando que um volante não precisa ser uma máquina musculosa, mas sim ter futebol, bom fôlego e visão de jogo.Com sete anos de Cruzeiro, clube do seu coração, ele é um colecionador de títulos. Chegou para o juvenil celeste em 1993 e, um ano depois, pouco antes de completar 18 anos de idade, já obtinha seu primeiro título profissional, no time Azul estrelado que venceu um Mineiro de 1994.

A história do início da carreira de Ricardinho não é muito diferente daquela vivida por tantos jogadores, que com talento e perseverança obtiveram êxito em suas carreiras.

Após a fase das alegres peladas de rua com os amigos de infância, o menino começou a jogar no Açucareira time de sua cidade, Passos, no sudoeste mineiro.

Mais tarde em 1993, o Cruzeiro foi jogar em sua cidade contra o Esportivo, pelo campeonato mineiro, Ricardinho disputou a preliminar pelo seu clube, o Açucareira, contra o mesmo Esportivo, na categoria juvenil. Vendo a preli- minar estava o Salvador Masci, diretor de futebol do Cruzeiro, que gostou muito do estilo daquele garoto.

Dias depois, Ricardinho apareceu na Toca para o sonhado teste . O treinador do juvenil era Eduardo Amorim, que também gostou de seu futebol, mas pediu para que o garoto voltasse alguns dias depois, pois havia muitos jogadores para a posição. Ricardinho voltou e nunca mais saiu da Toca.

O garoto foi vencendo desafios, inclusive o da saudade da família : "Vestir a camisa profissional do Cruzeiro era e é o sonho de todos os garotos das categorias de base e, como meu pai trabalhava em Passos e não podia vir para Belo Horizonte, fui morar na Toquinha, com saudades da família, claro, mas sempre otimista com relação ao futuro".


Ronaldo
Cruzamento da direita apanhou o menino Ronaldo de costas para o gol. Cercado por dois zagueiros corinthianos, o centroavante cruzeirense pulou como se fosse cabecear e, com estilo, dominou a bola no peito. Depois, sem deixá-la tocar o chão, virou o corpo desferiu uma bomba que passou, caprichosamente, rente à trave superior. O lance espetacular deixou boquiabertos os torcedores presentes ao Pacaembu, no dia 10 de novembro, e ofereceu um bom resumo das muitas qualidades do camisa 9 do Cruzeiro: frio, preciso e ainda de tudo, surpreendente.

Ele tem uma qualidade rara no atual futebol brasileiro, testemunha o inesquecível Tostão, tricampeão mundial de 1970. Toca pouco na bola, mas, quando o faz, é capaz de decidir um jogo.

Ronaldo balançou as redes adversárias 12 vezes nos 14 jogos do Cruzeiro no Brasileirão de 1994. E de todas as maneiras. Até mesmo roubando, com a sutileza de um batedor de carteiras, uma bola dominada pelo experiente goleiro Rodolfo Rodríguez, do Bahia, para fazer seui quinto gol naquela partida - o Cruzeiro venceu por 6x0.

Exatamente por isso, o técnico Carlos Alberto Silva optou por lançá-lo na equipe do início do campeonato, repetindo o que fizera com Careca no Guarani em 1978. Não há comparação entre os dois, mas Ronaldo tem uma habilidade fantástica, avalia Carlos Alberto.

O garoto chegou à Seleção Brasileira com o mesmo jeito simples com que buscou um espaço nos juvenis do Flamengo, em 1991. Foi aprovado, mas não pôde permanecer no clube por falta de dinheiro para a condução entre o distante subúrbio carioca de Bento Ribeiro, onde morava, e a Gávea. Assim, foi parar no São Cristóvão, onde acabou descoberto por Jairzinho, então técnico: "Jair me deu muitas dicas sobre como me comportar contra os zagueiros.

"Daí em diante, a caminhada foi rápida. Convocado para a Seleção Brasileira Juvenil, disputou o Campeonato Sul - Americano da categoria em 1993, sagrando-se campeão e artilheiro da competição com oito gols. Depois disso, Jairzinho comprou seu passe, ficando com 45% e vendendo 55% para o time mineiro.

Não esperava tanto sucesso em tão pouco tempo, diz Ronaldo. Nem toda a torcida brasileir, que já começava a se acostumar com o o sorriso infantil e os gols de raro oportunismo da nova sensação da Toca da Raposa.


JOGADORES HISTÓRICOS
1980 – 1990
Careca (Atacante), Charles (Atacante), Mário Tilico (Atacante), Fabinho (Volante), Adilson Batista (Zagueiro), Luizinho (Zagueiro), Renato Gaúcho (Atacante), Roberto Gaúcho (Atacante), Boiadero (Meia), Luis Fernando Flores (Meia), Paulo César Borges (Goleiro), Balú (Lateral direito), Wilson Gottardo (Zagueiro), Valdo (Meia), Belletti (Volante), Fábio Junior (Atacante), Toninho Cerezo (Meia), Palhinha (Meia), Elivelton (Meia/Lateral esquerdo).

Ídolos: 2000- 2009

Alex (O Talento Azul)
Por Alexandre Sinato, em 30/11/2003

Ele já foi do céu ao inferno no futebol, recebendo duras críticas e muitos elogios. Mas mesmo nos momentos mais difíceis de sua carreira, o curitibano Alexsandro de Souza, ou simplesmente Alex, nunca teve seu talento contestado ou colocado em dúvida. A habilidosa perna esquerda desse meia de 26 anos, que já deu inúmeras alegrias a coritibanos e palmeirenses, hoje enche os olhos da torcida do Cruzeiro, gravando para sempre seu nome na história do clube mineiro.

Entre os melhores jogadores 'tupiniquins' em atividade, Alex conduziu a Raposa ao inédito título do Campeonato Brasileiro deste ano, troféu que o clube ainda não possuía em sua coleção. Também foi fundamental na conquista da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro de 2003. Responsável pela armação das jogadas do Cruzeiro, o meia ainda mostrou um faro de gols aguçado, balançando as redes adversárias 23 vezes no Brasileirão, tornando-se o artilheiro da equipe mineira.

No entanto, toda essa intimidade com a bola apareceu a quilômetros de distância de Belo Horizonte, mais precisamente em uma 'peneira' do Coritiba. Aos nove anos de idade, Alex agradou o professor Miro, responsável pelo teste, mas foi considerado muito jovem para jogar campo. Com isso, o garoto fã de Zico acabou convidado para atuar no time de futebol de salão da AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil).

Depois de três anos nas quadras, Alex realizou outro teste e finalmente foi para os gramados para defender o Coritiba. Cinco anos mais tarde, o meia já tinha passado por todas as categorias de base do clube paranaense, profissionalizando-se em 1995, quando o Coxa era comandado por Paulo César Carpegiani.

Como a equipe não fazia uma boa campanha no Campeonato Paranaense, Carpegiani decidiu dar oportunidade aos mais jovens. Alex e outros garotos ajudaram na recuperação do time e chegaram à decisão do torneio, quando foram derrotados por 1 a 0 pelo Paraná na segunda final e acabaram com o segundo lugar.

No segundo semestre de 95, o meia então participou de seu maior feito dentro do clube. Apesar de ficar novamente atrás de um arqui-rival, desta vez o Atlético-PR, o Coritiba garantiu o acesso à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro ao terminar em segundo lugar na Série B. Alex se despediu do Coxa na metade de 97, quando se transferiu para o Palmeiras sem ter faturado nenhum título pela equipe curitibana, da qual é torcedor declarado.


Geovani

Geovanni surgiu no Cruzeiro com fama de craque, criando expectativa em torno de seu futuro. Alternou excelentes partidas com atuações apenas razoáveis e outras ruins.

Possui uma grande habilidade, mas não prima pela regularidade e parece desligar-se em alguns momentos. Em 1998, disputou, sem expressão, o Campeonato Brasileiro pelo América-MG.

Em 1999, voltou ao Cruzeiro e, no ano seguinte, foi um dos destaques do time na conquista da Copa do Brasil. Na final contra o São Paulo marcou, de falta, o gol que deu o título ao time mineiro. Convocado por Wanderley Luxemburgo para a Olimpíada de Sydney, Geovanni caiu nas graças da torcida cruzeirense.

Como toda a equipe, Geovanni decepcionou em solo australiano. De volta à Toca, no entanto, não demorou a reafirmar-se como uma das maiores estrelas da equipe.

No segundo semestre de 2001, foi negociado com o Barcelona (Espanha) por US$ 14 milhões.

Data de Nascimento: 11/01/1980.
Naturalidade: Acaiaca/MG.Altura: 1,71 m.
Peso: 67 Kg.
Posição: Meia esquerda.
Origem: Categorias de base.
Início de carreira: Iniciou sua carreira nas categorias de base do Cruzeiro, profissionalizando-se em 25/03/97.Times que já atuou: Cruzeiro Esporte Clube. Em julho de 98 foi emprestado ao América/MG, retornando em janeiro de 99.
Títulos:1997 - Bi-Campeão Mineiro1997 - Campeão Copa Libertadores da América1997 - Campeão Sul-Americano de Futebol pela Seleção Brasileira Sub-171997 - Campeão Mundial pela Seleção Brasileira Sub-17, disputado no Egito1998 - Vice-Campeão Copa do Brasil1998 - Tri-Campeão Mineiro.


Cris
Uma taça atrás da outra.

Chegou do Corinthians em 1999, como contrapeso na venda de João Carlos à equipe do Parque São Jorge. Em alguns meses ganhou a posição de titular. Seguro na defesa, suas atuações conquistaram a confiança de técnicos, jogadores e torcedores.

Raramente cometia falhas que comprometessem o time. Destacava-se pelo bom posicionamento, pelo desarme e pela impulsão nas bolas alçadas sobre a área.

Mas a virtude que a torcida mais reconheceu no zagueiro foi a sua raça e a maneira como se dedicou à camisa azul. Chama para si a responsabilidade em cobranças de pênaltis e definiu várias partidas com gols de cabeça.

Ainda somou uma gama fantástica de troféus.

Nome: Cristiano Marques Gomes
Nascimento: 03/06/1977
Local: Guarulhos - São Paulo
Posição: Zagueiro
Quando jogou: 1999 a 2004
Títulos: Brasileiro 2003, Copa do Brasil 2000, Sul-Americana em 1999, Sul-Minas em 2001 e 2002, Supercampeonato Mineiro em 2002 e Campeonato Mineiro 2003 e 2004.


Luisão
O zagueiro indicado por Procópio e lançado por Felipão.

Destaque do Juventus - SP na Copa São Paulo Júnior de 2000, Luisão chegou ao Cruzeiro por indicação do diretor de futebol, ex-zagueiro, Procópio. Após seis meses nos juniores, foi promovido para o grupo principal pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que o considera um zagueiro perfeito.

Com personalidade, Luisão, aos 19 anos, consagrou-se como um dos maiores beques da história do clube. Avaliava várias virtudes, como a boa impulsão e o bom posicionamento para efetuar o desarme nos adversários.

Tendo formado com Cris a dupla de zaga mais segura da equipe dos últimos tempos, suas atuações o levaram à Seleção Brasileira.

O jogador se destacava pelo empenho em campo e pela identidade com o clube. Luisão marcou também sua passagem pela Toca pelos vários gols que marcou sobre o Atlético.19 anos tinha o zagueiro Luisão quando se firmou no Cruzeiro.


Nome: Anderson Luís Silva
Nascimento: 13/02/1981
Local: Amparo - São Paulo
Quando jogou: 2000 a 2003
Títulos: Campeonato Brasileiro 2003, Copa do Brasil em 2003, Copa sul Minas em 2001 e 2002, Supercampeonato Mineiro em 2002 e Campeonato Mineiro de 2003.


Maldonado
Maldonado foi contratado ao São Paulo em 2003, em parceria com o laboratório EMS, em mais uma indicação certeira de Vanderlei Luxemburgo. Ao ganhar a posição, transformar-se-ia em mais um ídolo estrangeiro da história do clube.

Maldonado foi um dos responsáveis diretos pela campanha irrepreensível da "Tríplice Coroa", em 2003. Era o volante, de estilo clássico, que a equipe precisava para liberar o armador Alex no campo de ataque.

O chileno se destaca pelos desarmes e o posicionamento, principalmnete quando assume a função de líbero. Sempre aproveita as sobras na zaga e parte com a bola dominada para armar contra-ataques rápidos.

O jogador também não dispença a raça. Em muitas oportunidades, salva a equipe bloquenado as finalizações dos atacantes adversários com carrinhos salvadores dentro da área.
Nome: Cláudio Andres Maldonado Rivera
Nascimento: 03/01/1980
Local: Curicó - Chile
Posição: Volante
Quando jogou: 2003 e 2004
Títulos: Campeonato Brasileiro 2003, Copa do Brasil em 2003 e Campeonato Mineiro 2003 e 2004.

Juan Pablo Sorín "Juanpi" (Pássaro Azul)
No final de 1999 surgiu um nome na Toca: Juan Pablo Sorín. Pouca gente conhecia o futebol desse argentino. Muita gente chiou, reclamou, falou besteira. A imprensa parece que torceu para ele não vir. Acompanhei a negociação via Diário Olé da Argentina. Pelo que lia, me parecia que Juampi viria para a Toca. Torci, sofri e esperei a vinda desse argentino do qual eu conhecia o futebol, sabia que era craque, que era um dos melhores laterais do mundo. Talvez uma das maiores contratações da história do Cruzeiro.

A passagem de Sorín pela Toca começou atribulada, não foi o Craque que ele sabe ser, mas foi o suficiente para ganharmos a Copa do Brasil mais uma vez. No segundo semestre ELE foi o gigante. Sem dúvida a maior estrela da campanha da Copa João Havelange, Sorín foi aclamado o melhor jogador do Cruzeiro em 2000.

Jogador rápido, voluntarioso, brigador, raçudo. Sempre deu gosto em ver o pequenino Juampi em campo. Fez a torcida acreditar que poderíamos ser tricampeões da Libertadores. Mas por um descuido do acaso, uma brincadeira do destino, Juampi não pode jogar aquele jogo contra o Palmeiras. Ele estava defendendo as cores da melhor seleção do mundo na atualidade. Ficamos com orgulho em vê-lo jogando com Verón, Batistuta e Simeone, dá até para torcer um pouco por eles, mesmo sendo a Argentina.

A passagem de Sorìn no Cruzeiro pode estar acabando. Desde o início sabíamos que seria breve essa união entre Sorín e a Torcida. Sabíamos que algum clube europeu o levaria embora. Sabíamos que Sorín queria ir para Europa. Quase que foi para o Valência, depois para o Napoli e agora parece que o Lazio quer leva-lo embora.

Sabíamos que isso iria acontecer, sabíamos que você iria embora, era questão de tempo. Tentamos acreditar que sua passagem pelo Cruzeiro fosse eterna. Se realmente você for embora, ficaremos aqui, de longe, torcendo por você, mesmo quando jogar pela Argentina, com aquele olhar orgulhoso. O mesmo olhar que temos por Ronaldo e Geovanni. Ficaremos com uma ponta de orgulho se você estiver no grupo campeão do mundo em 2002. Você, Sorín, vestiu a camisa do Cruzeiro como poucos, e com certeza vai deixar saudades.

Gostaria, ou melhor, gostaríamos muito que você jogasse para sempre no Cruzeiro, mas acima de tudo obrigado.

Autor: Stimpy - Rodrigo Araújo.

JOGADORES HISTÓRICOS
2000- 20009
Aristizabal- COL (Atacante), Deivid (Atacante), Edu Dracena (Zagueiro), Maurinho (Lateral direito), Fred (Atacante), Gomes (Goleiro), Maicon (Lateral direito), Ramires (Volante), Kleber (Atacante), Fábio (Goleiro), Guilherme (Atacante), Marcelo Moreno- BOL (Atacante)