terça-feira, 28 de julho de 2009

Ídolos: 2000- 2009

Alex (O Talento Azul)
Por Alexandre Sinato, em 30/11/2003

Ele já foi do céu ao inferno no futebol, recebendo duras críticas e muitos elogios. Mas mesmo nos momentos mais difíceis de sua carreira, o curitibano Alexsandro de Souza, ou simplesmente Alex, nunca teve seu talento contestado ou colocado em dúvida. A habilidosa perna esquerda desse meia de 26 anos, que já deu inúmeras alegrias a coritibanos e palmeirenses, hoje enche os olhos da torcida do Cruzeiro, gravando para sempre seu nome na história do clube mineiro.

Entre os melhores jogadores 'tupiniquins' em atividade, Alex conduziu a Raposa ao inédito título do Campeonato Brasileiro deste ano, troféu que o clube ainda não possuía em sua coleção. Também foi fundamental na conquista da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro de 2003. Responsável pela armação das jogadas do Cruzeiro, o meia ainda mostrou um faro de gols aguçado, balançando as redes adversárias 23 vezes no Brasileirão, tornando-se o artilheiro da equipe mineira.

No entanto, toda essa intimidade com a bola apareceu a quilômetros de distância de Belo Horizonte, mais precisamente em uma 'peneira' do Coritiba. Aos nove anos de idade, Alex agradou o professor Miro, responsável pelo teste, mas foi considerado muito jovem para jogar campo. Com isso, o garoto fã de Zico acabou convidado para atuar no time de futebol de salão da AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil).

Depois de três anos nas quadras, Alex realizou outro teste e finalmente foi para os gramados para defender o Coritiba. Cinco anos mais tarde, o meia já tinha passado por todas as categorias de base do clube paranaense, profissionalizando-se em 1995, quando o Coxa era comandado por Paulo César Carpegiani.

Como a equipe não fazia uma boa campanha no Campeonato Paranaense, Carpegiani decidiu dar oportunidade aos mais jovens. Alex e outros garotos ajudaram na recuperação do time e chegaram à decisão do torneio, quando foram derrotados por 1 a 0 pelo Paraná na segunda final e acabaram com o segundo lugar.

No segundo semestre de 95, o meia então participou de seu maior feito dentro do clube. Apesar de ficar novamente atrás de um arqui-rival, desta vez o Atlético-PR, o Coritiba garantiu o acesso à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro ao terminar em segundo lugar na Série B. Alex se despediu do Coxa na metade de 97, quando se transferiu para o Palmeiras sem ter faturado nenhum título pela equipe curitibana, da qual é torcedor declarado.


Geovani

Geovanni surgiu no Cruzeiro com fama de craque, criando expectativa em torno de seu futuro. Alternou excelentes partidas com atuações apenas razoáveis e outras ruins.

Possui uma grande habilidade, mas não prima pela regularidade e parece desligar-se em alguns momentos. Em 1998, disputou, sem expressão, o Campeonato Brasileiro pelo América-MG.

Em 1999, voltou ao Cruzeiro e, no ano seguinte, foi um dos destaques do time na conquista da Copa do Brasil. Na final contra o São Paulo marcou, de falta, o gol que deu o título ao time mineiro. Convocado por Wanderley Luxemburgo para a Olimpíada de Sydney, Geovanni caiu nas graças da torcida cruzeirense.

Como toda a equipe, Geovanni decepcionou em solo australiano. De volta à Toca, no entanto, não demorou a reafirmar-se como uma das maiores estrelas da equipe.

No segundo semestre de 2001, foi negociado com o Barcelona (Espanha) por US$ 14 milhões.

Data de Nascimento: 11/01/1980.
Naturalidade: Acaiaca/MG.Altura: 1,71 m.
Peso: 67 Kg.
Posição: Meia esquerda.
Origem: Categorias de base.
Início de carreira: Iniciou sua carreira nas categorias de base do Cruzeiro, profissionalizando-se em 25/03/97.Times que já atuou: Cruzeiro Esporte Clube. Em julho de 98 foi emprestado ao América/MG, retornando em janeiro de 99.
Títulos:1997 - Bi-Campeão Mineiro1997 - Campeão Copa Libertadores da América1997 - Campeão Sul-Americano de Futebol pela Seleção Brasileira Sub-171997 - Campeão Mundial pela Seleção Brasileira Sub-17, disputado no Egito1998 - Vice-Campeão Copa do Brasil1998 - Tri-Campeão Mineiro.


Cris
Uma taça atrás da outra.

Chegou do Corinthians em 1999, como contrapeso na venda de João Carlos à equipe do Parque São Jorge. Em alguns meses ganhou a posição de titular. Seguro na defesa, suas atuações conquistaram a confiança de técnicos, jogadores e torcedores.

Raramente cometia falhas que comprometessem o time. Destacava-se pelo bom posicionamento, pelo desarme e pela impulsão nas bolas alçadas sobre a área.

Mas a virtude que a torcida mais reconheceu no zagueiro foi a sua raça e a maneira como se dedicou à camisa azul. Chama para si a responsabilidade em cobranças de pênaltis e definiu várias partidas com gols de cabeça.

Ainda somou uma gama fantástica de troféus.

Nome: Cristiano Marques Gomes
Nascimento: 03/06/1977
Local: Guarulhos - São Paulo
Posição: Zagueiro
Quando jogou: 1999 a 2004
Títulos: Brasileiro 2003, Copa do Brasil 2000, Sul-Americana em 1999, Sul-Minas em 2001 e 2002, Supercampeonato Mineiro em 2002 e Campeonato Mineiro 2003 e 2004.


Luisão
O zagueiro indicado por Procópio e lançado por Felipão.

Destaque do Juventus - SP na Copa São Paulo Júnior de 2000, Luisão chegou ao Cruzeiro por indicação do diretor de futebol, ex-zagueiro, Procópio. Após seis meses nos juniores, foi promovido para o grupo principal pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que o considera um zagueiro perfeito.

Com personalidade, Luisão, aos 19 anos, consagrou-se como um dos maiores beques da história do clube. Avaliava várias virtudes, como a boa impulsão e o bom posicionamento para efetuar o desarme nos adversários.

Tendo formado com Cris a dupla de zaga mais segura da equipe dos últimos tempos, suas atuações o levaram à Seleção Brasileira.

O jogador se destacava pelo empenho em campo e pela identidade com o clube. Luisão marcou também sua passagem pela Toca pelos vários gols que marcou sobre o Atlético.19 anos tinha o zagueiro Luisão quando se firmou no Cruzeiro.


Nome: Anderson Luís Silva
Nascimento: 13/02/1981
Local: Amparo - São Paulo
Quando jogou: 2000 a 2003
Títulos: Campeonato Brasileiro 2003, Copa do Brasil em 2003, Copa sul Minas em 2001 e 2002, Supercampeonato Mineiro em 2002 e Campeonato Mineiro de 2003.


Maldonado
Maldonado foi contratado ao São Paulo em 2003, em parceria com o laboratório EMS, em mais uma indicação certeira de Vanderlei Luxemburgo. Ao ganhar a posição, transformar-se-ia em mais um ídolo estrangeiro da história do clube.

Maldonado foi um dos responsáveis diretos pela campanha irrepreensível da "Tríplice Coroa", em 2003. Era o volante, de estilo clássico, que a equipe precisava para liberar o armador Alex no campo de ataque.

O chileno se destaca pelos desarmes e o posicionamento, principalmnete quando assume a função de líbero. Sempre aproveita as sobras na zaga e parte com a bola dominada para armar contra-ataques rápidos.

O jogador também não dispença a raça. Em muitas oportunidades, salva a equipe bloquenado as finalizações dos atacantes adversários com carrinhos salvadores dentro da área.
Nome: Cláudio Andres Maldonado Rivera
Nascimento: 03/01/1980
Local: Curicó - Chile
Posição: Volante
Quando jogou: 2003 e 2004
Títulos: Campeonato Brasileiro 2003, Copa do Brasil em 2003 e Campeonato Mineiro 2003 e 2004.

Juan Pablo Sorín "Juanpi" (Pássaro Azul)
No final de 1999 surgiu um nome na Toca: Juan Pablo Sorín. Pouca gente conhecia o futebol desse argentino. Muita gente chiou, reclamou, falou besteira. A imprensa parece que torceu para ele não vir. Acompanhei a negociação via Diário Olé da Argentina. Pelo que lia, me parecia que Juampi viria para a Toca. Torci, sofri e esperei a vinda desse argentino do qual eu conhecia o futebol, sabia que era craque, que era um dos melhores laterais do mundo. Talvez uma das maiores contratações da história do Cruzeiro.

A passagem de Sorín pela Toca começou atribulada, não foi o Craque que ele sabe ser, mas foi o suficiente para ganharmos a Copa do Brasil mais uma vez. No segundo semestre ELE foi o gigante. Sem dúvida a maior estrela da campanha da Copa João Havelange, Sorín foi aclamado o melhor jogador do Cruzeiro em 2000.

Jogador rápido, voluntarioso, brigador, raçudo. Sempre deu gosto em ver o pequenino Juampi em campo. Fez a torcida acreditar que poderíamos ser tricampeões da Libertadores. Mas por um descuido do acaso, uma brincadeira do destino, Juampi não pode jogar aquele jogo contra o Palmeiras. Ele estava defendendo as cores da melhor seleção do mundo na atualidade. Ficamos com orgulho em vê-lo jogando com Verón, Batistuta e Simeone, dá até para torcer um pouco por eles, mesmo sendo a Argentina.

A passagem de Sorìn no Cruzeiro pode estar acabando. Desde o início sabíamos que seria breve essa união entre Sorín e a Torcida. Sabíamos que algum clube europeu o levaria embora. Sabíamos que Sorín queria ir para Europa. Quase que foi para o Valência, depois para o Napoli e agora parece que o Lazio quer leva-lo embora.

Sabíamos que isso iria acontecer, sabíamos que você iria embora, era questão de tempo. Tentamos acreditar que sua passagem pelo Cruzeiro fosse eterna. Se realmente você for embora, ficaremos aqui, de longe, torcendo por você, mesmo quando jogar pela Argentina, com aquele olhar orgulhoso. O mesmo olhar que temos por Ronaldo e Geovanni. Ficaremos com uma ponta de orgulho se você estiver no grupo campeão do mundo em 2002. Você, Sorín, vestiu a camisa do Cruzeiro como poucos, e com certeza vai deixar saudades.

Gostaria, ou melhor, gostaríamos muito que você jogasse para sempre no Cruzeiro, mas acima de tudo obrigado.

Autor: Stimpy - Rodrigo Araújo.

JOGADORES HISTÓRICOS
2000- 20009
Aristizabal- COL (Atacante), Deivid (Atacante), Edu Dracena (Zagueiro), Maurinho (Lateral direito), Fred (Atacante), Gomes (Goleiro), Maicon (Lateral direito), Ramires (Volante), Kleber (Atacante), Fábio (Goleiro), Guilherme (Atacante), Marcelo Moreno- BOL (Atacante)

2 comentários:

  1. Voces esqueceram do grandioso e o mais disciplinado Toninho Almeida. Façam justiça à ele, por favor.
    Argemiro Ferro - BH

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  2. Luisão (Corinthians) bateu o recorde do Palhinha em 2000...

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